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  sexta-feira, fevereiro 06, 2004

» O foragido

Quando se está na Holanda a fazer um assignment sobre "Drinking-water supply in the city of Akunamati" muitas coisas nos podem passar pela cabeça. Um dos pensamentos que nos pode surgir poderá ser "Porque raio decidi eu fugir do ISA vindo para a Wageningen?" e até "Quem mais é que escolheria fugir para Wageningen?" (também nos pode sempre ocorrer, lendo o último post da Iris, o pensamento "Será que a Iris, no seu relatório, também escreverá como se estivesse na prova oral de Informática no ISA '...and then we tried to reach good results... but then it wouldn't work... so I took a shit and tried some other way...' mas este é o tipo de pensamento que não vou analisar agora...).

Voltando, então, aos primeiros pensamentos que eu estava a ter, enquanto sentado numa sala de computadores, a escrever um texto que explorava o tema "Reducing average water consumption"... Sim... porque raio acabei por fugir para aqui?... acabando nesta sala de computadores... cheia de pessoas que não figiram... Oh! como estou sozinho! Oh! como é triste ter fugido... mas para um síto para onde ninguém foge!

Mas de repente... de repente veio um sinal divino! Como que a dizer-me "Paneira... não te preocupes... fugiste para o melhor sítio!". E que sinal foi este? Que sinal divino recebi? Eu explico...

Ao meu lado sentou-se um homem. Sentou-se a cerca de metro e meio ao meu lado... no computador mesmo mesmo ao meu lado. E eu nem sequer olhei, na altura. Mas do nada o homem fungou! Fungou nojentamente. Arrepiei-me de nojo e lancei um olhar. E vi! Vi-o... Vi o homem! Mas quem? Mas quem? Qual homem? O homem! Fugido... escondido... clandestino... incógnito... disfarçado... mas ele!

Atordoado com a visão, lembrei-me que nunca ninguém acreditaria em mim se contasse o que acabara de ver. Eu precisava de provas. Iria correr riscos, é certo... mas eu precisava de provas! "Ah! a máquina fotográfica!! Mas uma foto daqui? Tão perto? Vai dar nas vistas.... e ele é o homem... o furagido... o procurado... perigoso... Se ele me topa a fotografá-lo mata-me de certeza! Mas eu tenho que arriscar! Eu vou arriscar! Preciso da prova!!".

Com calma... a tremer... disfarçadamente... saquei a máquina... coloqui-a em posição, sem dar muito nas vistas... e "clic"! Consegui tirar a foto! A prova! Sim! A prova! A prova de que ao meu lado esteve... o BIN LADEN!

  Escrito por escrito pelas  23:57 CET. 

 

 

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